Por que tão sério?

04:23


Quando se trata de relacionamentos, as pessoas tendem a complicar o que poderia ser muito simples. Por exemplo, imagine que a pessoa A Se interessa pela pessoa B, e vice-versa. Mas o medo de se magoar, o medo de se iludir ou o medo do futuro acabam por manter A longe de B

É aquela velha história de que, quando se compartilha a cama com alguém, não são apenas duas pessoas que ali estão: entra na jogada os egos, os passados, as expectativas, os "ex"... E muitas vezes, por motivos até pequenos, A e B nunca terão oportunidade de serem felizes juntos.

Sendo que as pessoas podem ser livres, serem francas. Podem olhar com interesse quando se sentirem interessadas, ou podem tratar como amigo quem é só amigo. Mas tudo pode ficar tão complicado, é o tal do "diz-que-me-disse", é a história do "ter-que-contar-vantagem", são os joguinhos psicológicos, essa de "mulher-tem-que-ser-difícil" ou "tem-que-ter-charme".

Onde foi parar o espírito solto, que nos deixa aproveitar um momento bom, independente com quem for? Independente do "que vem depois"? Sem nem pensar no que vem depois? Sem idealizações ou expectativas em excesso, príncipes encantados ou sapos? Por que não descomplicar toda essa monotonia e se preocupar em ser, única e exclusivamente, feliz?

Complicações à vista!

Pensar de maneira leve, obviamente, tem suas consequências. Imagine ir contra todas as outras pessoas, criadas nesse paradigma do "você-tem-que-casar". Primeiramente, será mais difícil encontrar pessoas que pensem de maneira semelhante, visto que se libertar de certas amarras sociais leva tempo e amadurecimento. 

Segundo, exige muita força de espírito se manter nesse posicionamento, pois a pessoa poderá enfrentar sérias críticas (e leves desapontamentos, quando o alvo de seu interesse não conseguir pensar assim também). E, por terceiro, você poderá magoar mais outras pessoas, que possam vir a querer algo sério com você, mesmo sabendo que você é, a priori, livre.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa...

Se libertar desses pensamentos opressores não significa que serão pessoas vulgares, fúteis, criminosas ou  qualquer outro tipo de adjetivo pejorativo. Não significa, necessariamente, que fugirão de relacionamentos ou ideologias ditas como sérias (casamento, religião, política etc). 

Elas não sairão quebrando placas ou chutando idosos, furtando viúvas ou estuprando criancinhas. Simplesmente, elas se libertaram para serem felizes - o que parece óbvio, mas muita gente não consegue. No fundo, muitos querem, mas pouco fazem para começarem a viver sem  ter como meta o cultivo da raiva, do sentimento de posse, do ciúme em excesso, da falta de paciência ou do imediatismo.

Imagine

Um lugar onde você poderá ser verdadeiro. Um espaço só seu, onde você encontra sua plenitude. Sem guardar mágoas, sem ressentimentos por coisas não ditas, por expectativas que não foram realizadas, amizades desfeitas ou auto-comiseração. Onde cada dia, um de cada vez, tem todo o potencial do mundo para ser o melhor dia da sua vida.

Esse lugar existe, e pode ser encontrado mais perto do que imaginamos: está dentro de nós, pronto para ser usado até se lambuzar. A questão que fica, para respondermos internamente, é:

Você se deixaria ir?

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