Conversas internas.

12:40

Um dos males que sofro é só viajar com desejar coisas grandes: se começo a escrever, quero ser uma grande escritora, se começo a pintar, quero ser pintora profissional, se vou num estúdio de tatuagem, já quero tatuar os outros. Mas não é só nestas situações que eu realmente tento abraçar o mundo com as pernas, sou assim em muitos assuntos: quero mudar quem gosta de funk, quem é preconceituoso com gay, quem é desatento com a criação dos filhos, dos animais, do modo que se alimenta, com qualquer aspecto que eu estude e vejo que posso ensinar os outros a ter uma vida melhor. Ou seja, eu gosto mesmo de ser uma entrona.


Antes falaria sobre isso com alguém que confiasse, alguém que acreditasse ser bom ouvinte, alguém que me desse atenção, tanto faz. Mas todas as pessoas que antes tinham estas características se foram, se cansaram desse meu jeito ridículo de ser. Elas se empanturraram dessa garota que tentava mandar e desmandar em suas vidas, eles largaram mão dessa menina/mulher volúvel que só vendo para entender quão ruim é.

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